segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Planta florecendo II



Esta planta é minha. Ela é de 2006. Quando fiz, não pensei na do Beuys não... Nem sei se "florescendo" é um bom nome pra ela,coitada.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

um auto retrato


Cada vez mais reafirmo meu trabalho como uma base minha de apoio. É uma idéia que vem crescendo e que me conforta. Esta aquarela é um auto-retrato de uns anos atrás, talvez 2007, e recentemente a coloquei na parede do meu quarto, aos pés da minha cama.
Volta e meia coloco ali alguns trabalhos meus que ficam ali me fazendo lembrar do que no final sempre permanece (ou deveria permanecer) na minha vida,no correr das horas e na sequência dos dias, que é essa ligação mágica que meu trabalho me dá com as coisas e comigo, esse poder de superação e de antevisão ou seja lá que poder seja esse. Sei que ele me faz sentir mais forte, mesmo que às vezes ele mesmo me derrube.
O fato é quem tem dias em que acordo e me faz toda diferença saber que tenho esse privilégio de ser artista, como dizia Bourgeois.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Difícil recomeço




Depois de muito e muito tempo sem desenhar, martirizando-me inclusive por isso, aos poucos estou aprendendo a retomar o lugar do desenho na minha vida.To aprendendo devagarzinho a "trocar o pneu do carro com o carro andando" rs.
O mais chato, além de ter ficado parada, é perceber o quão travada e enferrujada a gente fica pela perda do hábito do desenho. To começando do zero. Esses desenhos são de dias atrás, mas se eu dissesse que era de anos atrás, faria sentido.
Penso no desenho como uma forma de se aproximar, se apropriar, de conhecer, receber, refletir... e penso que até o refletir desenhando fica encruado, pela falta de prática.
Mas vou levando. Muito melhor que nada.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sobre o silêncio, sobre motivação e sobre ser artista

Citando a Louise Bourgeois hoje:
"O IMPORTANTE NÃO É TANTO DE ONDE VEIO MINHA MOTIVAÇÃO, MAS COMO CONSEGUIU SOBREVIVER. A tarefa básica do artista é a concentração - conquistar um silêncio total e amigo. Isso aprendi nas academias de Paris,onde se desenhava o dia inteiro com modelo. Naquele ambiente pude pela primeira vez me concentrar e ter certeza de minha vocação.
(...)
O que me fazia ir em frente, e ainda faz, é a consciência de que ser artista é um privilégio. Bem, o privilégio de ser artista consiste em três coisas. Primeiro, ter alguma coisa pessoal a dizer. Depois - e isso é uma luta interminável - ser capaz de comunicá-la às pessoas.(...) Vocês são privilegiados por serem o que são, e têm a vida inteira para descobrir como será."

Louise Bourgeois, "Destruição do pai, reconstrução do pai" pgs 218 e 219.

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