Hoje vi imagens desta artista numa reportagem da folha, fui procurar...Vi, gostei. Achei semelhanças com as poucas coisas que fiz que envolviam cor e com o que costuma me chamar atenção no que se refere à pintura.
Meses atrás comprei um novo caderno de desenho pra mim.
A intenção inicial era apenas ter material em mãos para que pudesse me manter desenhando por aí, conforme minha necessidade.Eu havia comprado também uma caneta preta, com uma tinta mais fluida que das canetas esferográficas, na intenção de variar um pouco o tipo de material usado pra riscar.
O resultado disso é que acabei me encantando pelo traço da caneta, que me reportou a um traço mais limpo e direto que delimita as formas, uma característica que meu desenho já possuía, ao meu ver. Ando afim de quebrar isto um pouco, vejamos se até o fim do caderno consigo....
Fiz os primeiros três desenhos e deixei um pouco de lado, até que um dia uma amiga perguntou como andava o caderno, resolvi rever e percebi que estes desenhos já haviam se tornado registro de algo que fazia parte de momentos especiais, afetivos, e resolvi daí por diante seguir por este caminho e dar esta finalidade ao caderno.
As imagens que se seguem a partir do terceiro desenho são provocadas pela memória, um procedimento que não fazia desde antes de entrar pra faculdade. Está me parecendo que o desenho fica um pouco menos expressivo do que o habitual desenho de observação e está me levando pra um tipo de pensamento que é mais simbólico. É uma simbologia pessoal que está sendo articulada pra construção de uma narrativa ainda não muito clara para mim, mas sinto que será um processo frutífero.
É um trabalho mais "ilustrativo", beira o piegas, um pouco terapêutico, mas que está me fazendo bem realizar. É bom sentir esta liberdade de fazer teu trabalho "independentemente de." Acho saudável.